domingo, 20 de agosto de 2017

ADMIRAÇÃO E INVEJA

Você já parou pra pensar que esses dois termos aparentemente tão distantes podem ser mais próximos do que a gente imagina?
Vamos pensar sobre a Admiração... Como eu me sinto quando admiro uma pessoa? Em geral eu me identifico com suas qualidades, características e desejo também conseguir ser tão bom quanto ela, porém eu não desejo o mal dela, nem que ela pare de crescer, evoluir e prosperar, e nem que aquele carro, aquele namorado sejam meus, pelo contrário, em mim há um desejo que ela brilhe ainda mais... 
E a Inveja difere disso apenas porque o invejoso deseja que tudo o que é do invejado seja seu e ele vai trabalhar duro por isso te atropelando quando necessário... aí você vai me dizer: Mas então quer dizer que a pessoa que sente inveja é tudo isso? E deseja o meu mal? É um ser maligno? Calma! Vamos destrinchar melhor pra não concluirmos coisas erradas... 
Primeiro, existem pessoas que admiram muito você e são sinceras, mas que quando você conquista alguma coisa ela fica com uma certa inveja pois queria estar no seu lugar, mas não necessariamente significa que a pessoa seja um "demônio" por causa disso... em geral, muitas de nossas amizades são assim, e nós mesmos somos assim às vezes... (Sim, nós somos, não faz essa cara! Assume que você é, acredite, isso facilita a vida e te dá a possibilidade de mudar!). Simplesmente porque o sucesso do outro nos revela o quanto estamos inseguros perante quem somos e o quanto estamos mais focados no externo do que em nós mesmos. E você diz: então você quer me dizer que eu tenho esse comportamento invejoso e que a culpa é minha e eu que estou errado? Não! Estou dizendo que precisamos dar um passo atrás antes de dizer que uma pessoa invejosa é a encarnação do capiroto! hahahaha
Calma, vamos aprofundar mais um pouco... o seu amigo passa num vestibular para cursar medicina, e você fica feliz, comemora com ele, mas ali no fundo você tá com inveja, porque você queria ter passado no vestibular e estar recebendo essa enxurrada de felicitações e de carinho e atenção que o seu amigo está recebendo... Mas péra! Quando mesmo você quis ser médico? Você não queria ser engenheiro, ou ator? Entendeu? Olhe bem... sua inveja neste caso é apenas por uma carência que se revela à sua frente, você consegue estar feliz pelo seu amigo, mas você se sente "menor" porque não está recebendo a atenção que ele está recebendo... Será então que não seria o momento de olhar mais pra si mesmo e entender? ou ao menos procurar entender que o caminho do outro não é o seu? Descobrir qual é o seu caminho? E antes de querer a atenção da galera, que tal se dar essa atenção? Há quanto tempo você espera que alguém te dê algo, quando você mesmo não tem feito muito por si? Só pra despertar uma reflexão....
Mas não vamos nos iludir... existe aquele camarada, nem tão camarada assim... que não perde uma oportunidade de vampirizar a gente... você chega no trabalho com um colar novo, ele nem olha pra você, dá bom dia pro seu colar e, antes mesmo do almoço... Pá! Seu colar se espatifou... Quem nunca?
O nível de "fura olho" é tanto que daria um livro se eu fosse reunir aqui só o que já me aconteceu e o que eu já vi perto de mim...rsrsrs 
Mas ficar com raiva desse ser também não vai resolver nada!
Então o que fazer? 
Diante do camarada que não é nada camarada, eu recomendo o corte, o distanciamento mesmo, e quanto mais longe melhor! Ah, mas você estuda ou trabalha com esta bênção de pessoa? ou pior é seu parente? Vamos lá! Corte também! Tenha apenas o convívio mínimo necessário, não mostre sua vida pra pessoa, exclua das redes sociais, delimite seu território! Gente que não acrescenta não faz falta! E se é só pra sugar? Me poupe né! Você não precisa disso! Nem eu!
Já na questão dessa inveja mais "branda", quando você se ver nessa situação, reflita sobre si mesmo, em geral as coisas que acontecem em nossa vida nos trazem grandes ensinamentos sobre nós mesmos... mas se for com um amigo seu, que você percebeu que ficou "assim" por alguma conquista tua... não dê muita brecha, mas mostre a ele, que o seu caminho é seu, só seu e o dele é o dele... e por mais parecidos que sejam, são diferentes!

NOTA DE ESCLARECIMENTO: Eu não sou terapeuta, nem psicóloga, nem uma blaster entendedora de comportamento humano. Sou apenas uma curiosa e observadora do comportamento humano e das coisas da vida, e tenho a minha própria jornada e as conversas com os amigos como base pras conclusões que chego e posto aqui...

Gratidão!!!

PRISCILA KLESSE

domingo, 6 de agosto de 2017

A FILOSOFIA DO DESENTUPIR A PRIVADA

Como isso me irrita!
Mais ainda porque não fui eu que fiz a merda... literalmente no caso!
Esse “travamento” na fluência natural... é como se uma “coisa”, é, essa coisa aí que você sabe... essa merda, fica ali entupindo, travando o fluir natural da vida... não consegui evitar em refletir sobre o que esse acontecimento horroroso poderia me ensinar...
Mas primeiro vamos aos fatos!
A vida seguia seu curso, cheguei no trabalho ouvindo mantras... Ninguém abalaria minha paz interior no dia de hoje... é, bem que eu queria... até que lá estava o “acontecimento”, uma pessoa usou o banheiro, saiu e com um jeito como se também não tivesse sido ela, me diz: “olha, o banheiro ta entupido... “, mas logo ela se foi... como  quem faz merda na vida da gente... e como tem gente que joga essas “bombas” na nossa vida e nos deixa ali, sozinho pra lidar...
A minha vontade era fingir que aquilo não estava ali... e eu fiz isso por horas... mas não adiantou, aquilo que deveria ter se dissolvido e ido embora naturalmente não queria ir de forma alguma, estava ali... travando o trânsito! Inferno! A paz interior foi pra... você pode imaginar...
E joga balde de água, e dá descarga... e nada!!!! NADA!!!!
Banheiro quase alagado e eu ali implorando pra aquela merda se conscientizar de que ela deveria seguir seu caminho e deixar a vida fluir livremente...hahahaha, claro que fui ignorada... Em vão eu tentava com todas as minha armas... água e descarga e fé! Ah, muita fé de que ele, o obstáculo, ia entender e me fazer esse favor... hahaha, quem me dera!
E então, entendi que por esses meios não resolveria, eu não tinha em mão a única arma que resolveria este problema: Ele, o Desentupidor!!!, tudo bem, eu sabia quem tinha e me emprestaria... e lá fui eu... com apenas uma ligação pelo interfone eu consegui o empréstimo... a minha vontade era que alguém viesse resolver, eu não queria por mais a mão nisso, irritada, a merda nem era minha... inferno... respirei... longe do banheiro, claro, e resolvi que se o problema estava à minha frente eu deveria encará-lo e resolvê-lo da forma que fosse, não pensei em mais nada, apenas na questão resolvida.
Com minha arma em punho, invadi o banheiro e num ato de misericórdia dei a descarga para dar a última chance dele se conscientizar e sair do caminho por conta própria... em vão! Tudo bem, eu já não tinha mais dúvida, ataquei a privada com o desentupidor e rá! Com apenas 3 cutucadas, o fluxo voltou! A ordem natural da vida, a harmonia foi restabelecida! Hahahaha
Aquele “troço” horroroso se foi e tudo ficou como se ele nunca estivesse estado ali!
O alívio, era a paz interior resgatada neste momento... que felicidade!
Depois da paz restabelecida, essa minha cabeça reflexiva, que o tempo todo procura encontrar significado nas coisas... já estava e estou refletindo sobre o fato...
Quantas vezes na nossa vida isso não nos acontece? Quantas vezes uma pessoa ou a gente mesmo faz uma cagada e entope o fluir das coisas, a harmonia, a tranquilidade, a paz? Pois é, e independente de ter sido outro ou a gente, a gente não quer ter que resolver, não quer por a mão ali, não quer ter que pensar sobre aquilo... a gente quer só dar a descarga e aquilo se resolver, ou chamar alguém que tenha os conhecimentos e as ferramentas apropriadas pra resolver... quando a gente poderia aproveitar a ocasião e aprender e resolver por nós mesmos...
Tem gente por aí que parece que passa pela nossa vida só pra jogar bomba e desequilibrar a nossa paz... se é que realmente havia paz, mas isso não vem ao caso agora, fica pra uma próxima.
O fato é que independente de quem fez, o obstáculo está ali, e se você deseja que sua vida continue fluindo você precisa resolver, precisa lidar com ele, mandá-lo embora, fazer com que ele pare de travar o seu fluir.
Muitas vezes a gente segue vivendo com uma pedra no sapato por anos... até se acostuma, pela simples comodidade de não ter que sair da “zona de conforto” (veja postagem sobre isso em: http://eunaosougavetinha.blogspot.com.br/2016/10/), e encarar a pedra, o vaso entupido, aquela mágoa que você carrega, aquela discussão com aquela pessoa, aquela palavra que você disse, ou que não disse, ou que ouviu... e tudo isso vai ficando aí e travando o fluir da sua vida... e você vai deixando pra resolver depois, e depois... e a vida, esse presente tão efêmero, passa, as coisas e pessoas passam e você se quer conseguiu percebê-las, porque mesmo na vontade de ignorar o cocô, sua atenção, sua vida estava todo esse tempo tomada por ele... e a vida se vai... e enquanto você não encarar o cocô e descobrir como tirá-lo do seu caminho, ele vai ficando ali... limitando a vida, o fluir... deixando um cheiro ruim no ar, sempre “alagando” você...
Encare! Não tenha medo... Por mais que alguns problemas nossos pareçam dragões gigantes... não passam de cocô... você consegue! Olhe pra você! Entenda quem é você e o poder que você é! Se perceber que sozinho, com sua “água” você não dá conta, peça ajuda, encontre a ferramenta certa e enfrente, ataque, sem medo... talvez você se suje um pouco, mas depois do restabelecimento da paz, tomar um banho, fazer aquela faxina no banheiro vai ser até divertido, acredite. O que não é divertido é ficar aí esperando... Vai lá! Encara e resolve, você pode! Se eu pude, você também pode! Depois me conta!!!
Seja leve, tire o peso!

Grande beijo!
Priscila Klesse