quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

2017 E O RANÇO



O ano vai se findando e eu hoje encarei um turbilhão de questões sobre o tal ranço...
RANÇO
substantivo masculino
1. decomposição ou modificação que sofre uma substância gordurosa em contato com o ar, dando causa a um gosto acre e a um cheiro desagradável.
2. Cheiro peculiar ao que é ou está úmido ou privado de renovação do ar; mofo, bafio.
Fonte: Google

Na vida usamos o termo para aquelas pessoas que não suportamos mais!

Neste ano, nas redes sociais acompanhei muitas pessoas dizendo que pegaram o tal do ranço, e eu mesma adquiri o ranço... Até estava tudo bem, normal, me divertindo com isso e tal... mas nas minhas resoluções de fim de ano, na minha avaliação sobre o que foi 2017 e nas coisas que pretendo que aconteçam em 2018, me deparei com ele: o ranço!
E então pensei, será que vou ter que conviver com ele pra sempre? Como parar de ter ranço? E filosofei... conversei com amigos sobre o tema, e ninguém soube me responder...
O fato é que 2017 foi um ano complicado pra todo mundo, e isso eu já vinha notando no meio do ano...
Conversando com as pessoas no decorrer do ano, fui reparando que as coisas que me aconteceram, também aconteceram com elas, ou algo muito próximo, e o ranço era real, assim como a crise, os preços altos, as máscaras caindo, o ranço atingiu a todos, até àqueles que nem sabiam desse nome para essa coisa.

Como acontece o ranço?
No meu caso, ele acontece assim: Estou vivendo a minha vida, com meus propósitos e desafios, com meus acertos, mas na maior parte do tempo com meus erros e a minha cara sendo esfregada no chão pra eu aprender e evoluir... mas, no meio do caminho apareceram, aliás, se revelaram algumas pessoas que fizeram coisas que me irritaram, magoaram, sambaram na minha cabeça e eu até agora no fim do ano consegui perdoar todas (eu acho), eu sei que eu também erro e sinto muito, mas não quero mais conviver com algumas pessoas, e a forçação de barra delas pra que eu conviva como se elas não tivessem feito nada, me deu RANÇO! E conversando com algumas pessoas, percebi que pra maioria delas o quadro se estabelece da mesma forma.
É assim, as pessoas são completamente livres pra serem o que quiserem ser, inclusive pra não conviverem comigo, porque eu errei com elas, ou elas cansaram, enfim, ok; da mesma forma que eu sou livre pra ser quem eu sou e escolher me distanciar de quem eu não tenho mais afinidade pra conviver... é simples, por que forçar uma situação? Por que forçar uma amizade, um laço que acabou?, não existe mais, foi bom enquanto durou, mas acabou!

As coisas tem final, e isso é fantástico, porque nos dá de presente novos começos!

Eu não tenho a menor ideia se vou, nem como vou me livrar do ranço, se é que vou... eu só quero seguir a minha vida, o meu caminho e adoraria que cada um fizesse o mesmo...
As relações não devem ser forçadas, nenhum tipo de relação, elas deveriam ocorrer apenas por afinidade... se eu tenho afinidade com você, a gente se relaciona conforme a nossa afinidade, se acabou, se não rola mais, se aconteceu alguma coisa e não dá pra seguir, cada um segue o seu caminho e é feliz, ponto!
O que eu tenho notado é que em geral o ranço se dá quando rola uma forçação de barra, tipo, a pessoa tenta mostrar ser o que não é, se gaba por algo que não foi ela quem fez e etc... Ah, e também me dá ranço em algumas situações que todo mundo está vendo um "serzinho" dizendo ser o que não é, mas geral finge que tá tudo bem... surge até aquela risadinha amarela e hipócrita! 
Chega né minha gente! Vamos começar a ser o que esperamos dos outros?
Vamos olhar o que reclamamos nos outros e corrigir na gente? E vamos parar de forçar amizade onde não tá rolando?
E as festas de fim de ano, hein!? A maior prova do ranço... todo mundo tolera aquele parente que só fala merda na ceia...
Ai ai...
Vamos dizer não quando algo nos faz mal, quando não queremos mais? Vamos parar de conviver apenas pelas aparências?
Acho que se as pessoas, todos nós, começássemos a sermos mais honestos com a gente mesmo, e com as nossas vontades e sentimentos, o mundo começaria a mudar e o ranço poderia desaparecer... mas é só o que eu acho!

PRISCILA KLESSE

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

ESCOLHO O SILÊNCIO

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Hoje eu escolho o silêncio...

Palavras, palavras, palavras...
Tão lindas as que ouço, as que digo, as que ficam e as que vão...
Em vão...
Será mesmo em vão?
Não me importo de ouvir...
mas preciso que elas se materializem em atitudes
as suas e as minhas
Não as quero vazias
Nem de sentimentos, nem de ação
Ação
A palavra que move...
Ou seria o movimento que se torna palavra?

Enfim
Hoje não
Hoje em silêncio
Silêncio para me ouvir
Silêncio para escutar
Para agir e não agir

O silêncio amplia a percepção
Principalmente a interior...
Interior... exterior
Será que existe exterior?
Não seria esse caos todo uma projeção do que vivo aqui dentro?

Não sei

Silêncio

Me silencio

PRISCILA KLESSE

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

DISCURSO DE ÓDIO E RESPEITO À DIVERSIDADE

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Não sei se consigo entender tanto discurso de ódio que acompanho nas redes e mesmo nas ruas...
Também não consigo entender quando esse tipo de discurso ou alguma ironia (violência) sai da boca de gente que eu sei que tem um trabalho e visão bem interessante na luta por igualdade de direitos, independente do segmento.
Eu abomino discursos de ódio, se você gosta é um direito seu e eu até respeito seu discurso, afinal, eu sou a favor da liberdade de expressão, logo, você é livre pra ser quem é e quem quiser ser e isso é ótimo, desde que você, é claro, também respeite minha liberdade de não concordar com sua visão. E é claro que podemos nos respeitar sem nos agredir e até conviver pacificamente...
Eu posso gostar de azul e você de verde sem que eu queira te impor que você tem que gostar do azul, ou você exigir que eu ame o verde...
Mas é duro de ver uma pessoa que defende a diversidade, seja religiosa, étnica, de gênero, etc, falando mal do outro, sendo agressivo... é uma coisa que observo já faz um tempo...
A gente tem vivido um tempo estranho...
Parece que algumas pessoas defendem a diversidade, se a diversidade for a dela, da forma dela, mas aí eu não entendo como diversidade, me desculpe, porque diversidade é tudo... não somos iguais, nenhum de nós, e nem deveríamos tentar ser, isso deveria bastar pra gente se respeitar como somos...
Eu sei que também tenho meus defeitos, meus pré-conceitos, e por isso mesmo procuro não apontar o dedo na cara das pessoas rotulando ou colocando a pessoa num determinado lugar...
As pessoas são livres pra serem o que elas quiserem, e a mim cabe apenas primeiro respeitar quem e o que elas são, e se por ventura eu não gostar, ou não tiver afinidade, eu não preciso conviver, simples assim, não há uma imposição de convívio em nossa sociedade, mesmo nos casos onde essas pessoas são nossos familiares ou trabalham no mesmo lugar que nós, é completamente possível encontrar um meio de convívio profissional, ou mais formal, que apenas exista pra resolver os assuntos necessários, no mais, cada um segue seu caminho, de preferência com Luz e Amor e evitando atritos.
Assim todos podem viver melhor, mais felizes e mais amorosos... precisamos aceitar que às vezes somos tóxicos pra algumas pessoas e algumas pessoas são tóxicas pra nós, e tudo bem... quem sabe nos distanciando a gente e a pessoa não consiga evoluir e até quem sabe um dia a gente se reencontra melhor?
E mais uma coisa, às vezes a gente fica tão de saco cheio dessa segregação toda que ocorre em nossa sociedade que por mais que sejamos mais abertos e mais flexíveis e conscientes acabamos sendo tão segregacionistas quantos os que criticamos, porque nosso discurso exclui também, acabamos excluindo os que não pensam como nós, como eles fazem... será que esse é o caminho? Qual será o caminho pra encontrarmos o tão sonhado respeito àquilo que somos independente se somos pretos, amarelos, rosas ou azuis?

PRISCILA KLESSE